"Frestas, exposição individual de Marina Rodrigues na Casa do Olhar, propõe, através de jogos de equilíbrio, encaixes e oposições, uma síntese da pesquisa da artista. Partindo de uma observação do tecido urbano, do seu agenciamento, da sua textura e suas estruturas, a obra da artista nasce de materiais caracterizados por uma aparência de solidez, de dureza e objetividade, que ecoam com a racionalidade do movimento concretista do qual se inspira.

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Observando e ressignificando os rastros do passado, o processo de Marina Rodrigues nasce do espaço e da matéria, sem alteração dos elementos que formam a base da sua obra, para criar em cima deles, um presente possível e propostas de futuro. Novas cidades surgem assim de blocos de concreto, de lâminas de metal e de vidro, brotam e se estruturam, se equilibram e se encaixam, contrapondo força e leveza, integridade e feridas, sugerindo modos de se relacionar com o mundo, tanto externo como interno..."

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Julie Dumont, texto crítico